Como se “tensão” fosse um termo abrangente e bem
significativo. Antes fosse só uma tensão. TPM é mais que isso. É quando seus
hormônios resolvem, simplesmente, brincar com a sua cara, te tornar meio
psicopata e ao mesmo tempo – como se já não bastasse a vontade de exterminar
qualquer indivíduo que lhe contrarie – te deixar a pessoa mais frágil do mundo.
É, definitivamente, um inferno mensal.
Não dá trabalho reconhecer uma mulher nesse período.
Tudo fica mais à flor da pele e da cor da flor: vermelha – quando não o
vermelho da raiva, do literal sangue, este vem na forma de amabilidade, doçura
e litros de lágrimas. E sobre chorar... Puta que pariu (estou de TPM), é uma
das piores partes! Você tem vontade de chorar se o computador demorou a
reiniciar, se o almoço não ficou pronto logo, se aquela pessoa não te respondeu
exatamente no segundo em que você mandou aquela mensagem no whatsapp (cuja
atitude você se arrepende também no mesmo minuto, já que a pessoa não foi tão
ágil e, portanto, recíproca)... É assim: você chora porque ventou, fez sol,
choveu ou o fio do seu cabelo saiu do lugar. E pior: você tem consciência de
que são os hormônios agindo. Tsc
[Como total credora da
reencarnação, deixo aqui registrado que na próxima, haja o que houver, não
importa os termos, as condições, o escambal: virei como homem. Já decidi, tá
decido].
A questão da raiva também é complicadíssima. A TPM
tem essas coisas de induzir as mulheres a agirem por impulso, movidas por
qualquer faísca maligna (deve ter pacto com o de lá de baixo, inclusive – não
duvido, não duvidem). É um período em que os hormônios nos fazem acreditar que
não haverá amanhã, que qualquer ato é válido, que podemos descontar todo esse
desconforto em quem (muitas vezes) nada tem a ver com nossos problemas. Mas quem
se importa?! Faz mal ficar engasgado, né? A TPM desengasga (e faz isso bem
demais). Porém, há de se reconhecer que é uma posição mais do que falha; pra
quê sair destilando ódio por aí, gente? (calma, é um pensamento pós transtorno
– não o meu, nesse momento).
Sim, eu disse transtorno, né? Disse. Usei esse termo
porque não é possível que ninguém nunca tenha notado o que é esse período, de
fato. Gente, é um transtorno psicológico! Não tem condições de ser outra coisa.
Como explicar a bipolaridade feminina durante uma ou (quase duas) semanas? Não
é normal. Não deveria ser normal. Arrrrrgh, não aguento isso. Deveria existir
um “Bolsa Spa” para mulheres de TPM. Deveria ser um assunto de utilidade
pública.
[O exagero é uma das
características desse período do Capiroto. Tudo é motivo para hipérboles,
pensamentos aprofundadíssimos e ai de quem duvidar ou reclamar].
Acho que é basicamente isso.
“Basicamente” porque querer explicar essa chatice é complicado demais. Só sei
que ultimamente só consigo pensar que é um transtorno. Isso porque tenho me
sentido uma bipolar constante. Ora bem, ora “djaba”. Rs. Mas ok, o pensamento é
um só: semana que vem passa.
*Mas mês que vem volta. Argh.
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