quarta-feira, 16 de julho de 2014

Praia do Futuro

(Resenha)

     Estrelado pelo já consagrado Wagner Moura e o alemão Clemens Schick, “Praia do Futuro” conta, ainda, com o ator cearense Jesuíta Barbosa. A direção é do respeitadíssimo Karim Ainouz. O filme foi feito numa parceria entre Governo Federal e o Consulado da Alemanha no Brasil – além de ter sido gravado em ambos os países.

     A película se inicia contando a história do salva-vidas Donato (interpretado por Wagner). Ele levava uma vida pacata e monótona, na Praia do Futuro (CE) até conhecer o alemão Konrad, durante um afogamento, no qual o estrangeiro perdeu um amigo.

     A sintonia entre os dois é forte. Desde as primeiras cenas do encontro, já é possível ver a interação do casal e a intensidade dos acontecimentos. Apesar da veemência, entretanto, o filme anda lentamente e a cronologia é um tanto descompassada.

     Donato e Konrad se mudam para a Alemanha pouco após o trágico acidente pelo qual se conheceram. Lá, eles moram juntos e alguns anos depois se separam. Donato já tem fluência no idioma, um emprego e decide fixar residência em terras alemãs. Com o passar do tempo, Ayrton (interpretado por Jesuíta Barbosa), irmão de Donato, descobre que este é homossexual e vai ao seu encontro, após perder sua mãe.

     Donato estabiliza-se como nadador num grande oceanário e resolve fixar residência na Alemanha, onde pode ser ele mesmo, sem o olhar torto de quem já o conhecia e longe de uma sociedade maciçamente preconceituosa. O filme termina com os personagens juntos e bem, apesar de, num primeiro momento, Ayrton julgar bastante a condição sexual do irmão. O desfecho da história é harmonioso e todos seguem vivendo em território germânico.

Karla Carolina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário